O Paradoxo Da Escolha Epub 13 EXCLUSIVE
Se você tiver uma única opção, a escolha é clara: comprar ou não comprar. Quando você se depara com duas opções, seu cérebro se concentra em escolher uma das duas. De repente, a ideia de não comprar nada cai por terra. E, nesse caso, a oferta de mais de uma opção pode ajudar a fechar uma venda.
O Paradoxo Da Escolha Epub 13
Esse fenômeno é conhecido como o paradoxo da escolha. O segredo, claro, é encontrar o equilíbrio certo na oferta de opções. É por isso que a IKEA coloca duas chamadas para a ação nas páginas dos produtos:
A maioria das decisões que a gente toma não são lógicas. Engana-se quem pensa que faz uma escolha totalmente racional quando compra um celular da Samsung e não da Apple ou viaja para Miami e não para a Colômbia. O inconsciente tem muito mais responsabilidade nisso.
Gatilhos mentais são decisões que o cérebro toma no nível do inconsciente. É como se ele automatizasse algumas ações para se dedicar às escolhas mais complexas e evitar um esgotamento mental.
Esse excesso de escolhas pode levar à fadiga de decisão, porque temos um estoque finito de energia para lidar com isso. Então, para poupar você, o seu cérebro toma decisões por conta própria, sem chegar ao seu consciente.
No dia a dia, percebemos isso no medo de fazer investimentos financeiros, de mudar de emprego ou tomar qualquer decisão importante na vida. Uma escolha errada pode botar tudo a perder. Então, fazemos de tudo para evitar essa possibilidade da perda.
Esse é o paradoxo da escolha, um gatilho que pode disparar a ansiedade diante da sobrecarga de opções e paralisar as pessoas. Bom, você não quer que o cliente fique paralisado diante do seu catálogo de produtos, não é?
Então, facilite as escolhas para não disparar o gatilho mental. No e-commerce, por exemplo, use filtros de seleção (faixa de preço, tamanho, gênero, marca etc.). Outro recurso é a personalização de vitrines, que exibe recomendações de produtos específicos para cada pessoa, a partir de dados de histórico e navegação do usuário.
Veja o exemplo do paradoxo da escolha: muitas opções nos deixam paralisados. Quando vemos um layout desorganizado, não conseguimos encontrar as informações. Quando vemos um produto e não entendemos o que ele faz, deixamos para trás.
O desafio não será superado simplesmente estudando-se a história desse quinto, por mais frutífero e urgente que tal estudo possa ser. Também não superaremos o desafio pela mera execução da conhecida manobra de virar nossas velhas interpretações de cabeça para baixo. Já se percebe a tentação de argumentar que a escravidão e a opressão foram as marcas dominantes da história americana e que os esforços para fazer avançar a liberdade e a igualdade foram a exceção, de fato nada mais do que um recurso para desviar a atenção das massas enquanto se prendiam seus grilhões. Tratar o surgimento da liberdade e da igualdade na história americana como mera hipocrisia não é apenas ignorar fatos concretos; é também evadir-se do problema que tais fatos apresentam. O surgimento da liberdade e da igualdade no país foi acompanhado pelo surgimento da escravidão. O fato de que duas evoluções tão contraditórias ocorressem simultaneamente durante um largo tempo, do século XVII ao XIX, constitui o paradoxo central da história americana.
O paradoxo é evidente em muitos níveis se quisermos vê-lo. Pensemos, por exemplo, na tradicional insistência na liberdade dos mares. O axioma "Navios livres fazem mercadoria livre" era o ponto cardeal da doutrina americana em política externa à época da Revolução. Mas a mercadoria para a qual os Estados Unidos exigiam liberdade era produzida em grande parte pelo trabalho escravo. A ironia é mais que semântica. A dependência americana do trabalho escravo deve ser vista no contexto da luta do país por uma posição independente e igual no âmbito das nações da Terra.
O paradoxo torna-se mais agudo se pensarmos no estado de onde provinha a maior parte do tabaco. A Virgínia à época do primeiro censo dos Estados Unidos em 1790 tinha 40% dos escravos de todo o país. E a Virgínia produziu os mais eloqüentes porta-vozes da liberdade e igualdade de todo o país: George Washington, James Madison e, principalmente, Thomas Jefferson. Todos eles eram donos de escravos e assim permaneceram durante toda a vida. Nos últimos anos mostrou-se em tristes detalhes o contraste entre os pronunciamentos de Jefferson a favor da liberdade republicana e sua cumplicidade na negação dos benefícios dessa liberdade para os negros (3 3 William Cohen, Thomas Jefferson and the problem of slavery, Journal of American History, 56, p. 503-526, dez. 1969; D.B. Davis, Was Thomas Jefferson an authentic enemy of slavery? Oxford, 1970; Winthrop D. Jordan, White over black: American attitudes toward the negro, 1550-1812. Chappel Hill, 1968, p. 429-481. ). Sentiu-se a tentação de descartar Jefferson e toda a dinastia da Virgínia como hipócritas. Mas isso seria privar o termo hipocrisia de um significado útil. Se hipocrisia significa, como eu suponho, deliberadamente afirmar princípios em que não se acredita, então a hipocrisia requer uma rara clareza mental combinada com a intenção inescrupulosa de enganar. Atribuir essa intenção, ou mesmo atribuir essa clareza mental sobre o assunto, a Thomas Jefferson, Madison ou Washingon significa novamente evitar o desafio. O que precisamos explicar é como esses homens puderam chegar a crenças e atos tão cheios de contradições.
Coloquemos o paradoxo de outra forma: como foi que a Inglaterra, um país orgulhoso da liberdade de seus cidadãos, produziu colônias onde a maioria dos habitantes desfrutava de ainda mais liberdade, mais oportunidades e de um maior controle sobre suas próprias vidas em relação à maioria dos homens na pátria-mãe, enquanto o restante da população, um quinto do total, era virtualmente privado de qualquer liberdade, quaisquer oportunidades, qualquer controle sobre a própria vida? Podemos admitir que os ingleses que colonizaram a América e seus descendentes revolucionários eram racistas e, consciente ou inconscientemente, acreditavam que liberdades e direitos deveriam restringir-se a pessoas de pele clara. Dito isto, mesmo depois de analisar as profundezas do preconceito racial, não significa que tenhamos explicado completamente o paradoxo. O racismo foi com certeza um elemento essencial do paradoxo, mas eu gostaria de sugerir outro elemento, que acredito ter influenciado a evolução tanto da escravidão quanto da liberdade como as conhecemos nos Estados Unidos.
Mesmo sendo a preocupação de Jefferson com o malefício das dívidas quase obsessiva, ela estava plenamente de acordo com as idéias de liberdade republicana que compartilhava com seus patrícios. O problema das dívidas era que, solapando a independência do devedor, elas ameaçavam a liberdade republicana. Sempre que dívidas submetiam um cidadão ao poder de outro, o devedor perdia mais do que sua própria liberdade de ação. Também enfraquecia a capacidade de seu país de sobreviver como república. Segundo um axioma do pensamento político da época, o governo republicano exigia um corpo de cidadãos livres, independentes e proprietários (6 6 Ver Caroline Roberts, The eighteenth-century commonwealthman: studies in the transmission, development and circumstance of English liberal thought from the restauration of Charles II until the war with the thirtheen colonies. Cambridge, Mass., 1959; J.G.A. Pocock, Machiavelli, Harrington, and English political ideologies in the thirteenth century, William and Mary Quarterly, 22, p. 549-583, out. 1965. ). Uma nação de cidadãos, cada um dos quais tivesse uma propriedade suficiente para sustentar sua família, poderia ser uma república. A conseqüência lógica era que uma nação de devedores, que tivessem perdido sua propriedade ou que a tivessem hipotecado a credores, estava madura para a tirania. Jefferson, por conseqüência, apoiava todos os meios de impedir o endividamento dos cidadãos e manter a propriedade amplamente distribuí-da. Insistia na abolição da primogenitura e da transmissão hereditária, declarando que a terra pertencia aos vivos e não lhes deveria ser tirada por dívidas ou credores dos mortos; que teria doado 50 acres de terra a cada americano sem terra - tudo porque acreditava que eles só poderiam ser livres se fossem economicamente livres em virtude da posse da terra com que pudessem se sustentar (7 7 Boyd (ed.), Papers of Thomas Jefferson, I, p. 344, 352, 362, 560; VIII, p. 681-682. ).
Na desconfiança de Jefferson contra os artesãos começamos a vislumbrar os limites - e limites não impostos pelo racismo - que definiram a visão republicana do século XVIII. Pois Jefferson não era de modo algum o único entre os republicanos a desconfiar dos trabalhadores sem terra. Essa desconfiança era um corolário da insistência muito difundida no século XVIII sobre o indivíduo independente e proprietário como baluarte da liberdade, insistência que tem sua origem na filosofia política republicana de James Harrington, constituindo um princípio diretivo da política colonial americana, tanto nas assembléias aristocráticas da Carolina do Sul como nas cidades democráticas da Nova Inglaterra (9 9 Ver Robbins, The eighteenth-century commonwealthmen; Pocock, Machivelli, Harrington, and English political ideologies, p. 549-583; Michael Zuckerman, The social context of democracy in Massachusetts, William and Mary Quarterly, p. 523-544, out. 1968; Robert M. Weir, The harmony we were famous for an interpretation of pre-revolutionary South Caroline politics, ibid., p. 473-501, out. 1969. ). Os americanos antes e depois de 1776 aprenderam suas lições republicanas dos teóricos ingleses do common-wealth dos séculos XVII e XVIII; e esses teóricos eram explícitos em seu desprezo pelas massas destituídas da independência dos proprietários que se exigia dos republicanos. 350c69d7ab
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